Hoje vamos falar sobre ontem. Eita Deise o que é isso? Logo você que já gosta de focar no hoje, decidiu lembrar do ontem?! Sim, decidi fazer isso e estou há uns três dias agoniada procurando aqui no blog um texto que escrevi há algum tempo atrás que só me lembrava do título. Um sentimento bem estranho. É como se eu precisasse ler esse texto esses dias, mas não lembrava nada do conteúdo, só o título: Armário Verde. Depois de muito procurar eu encontrei e compartilho agora com vocês. Quem escreveu foi uma menina em 2011, que ainda mora na menina de 2015. Não reparem nas vírgulas fora do lugar. Nesse texto tudo foi transbordado. Espero que apreciem a leitura! 

Susi há muito tempo está confusa, entranha, um tanto por fora de tudo que acontece no mundo. Será por causa do tal armário verde? Ah, desculpem-me, já ia me adiantando sem antes explicar o que é esse armário verde, não é muito complicado de entender, mas é confuso assim como a Susi, espero que consigam fugir um pouco dos seus mundos para entender.
"O armário verde, nada mais é do que um nada existente dentro do tudo que há dentro de cada um, quem  o encontrar deve preenchê-lo de algo mais do que roupas ou livros velhos, nele deve existir o seu mundo, o que te veste, o que te encanta o que te assusta, o que te acolhe o que te reprime, enfim tudo do seu mundo, não se preocupe com a quantidade, tudo cabe no armário verde." 
Essa pequena descrição se encontrava num papel dobrado e preso na porta do armário verde, que Susi encontrou, desde então a coitada não sabe o que faz, até hoje não contou para muitas pessoas sobre ele, na verdade ela só contou para mim e não interessa, agora, a minha identidade, por enquanto pensem apenas em Susi, a menina sem muitas características físicas marcantes e com uma capacidade enorme de esponja, ela absorve muito de todos e acaba se sufocando com isso. 
Com o armário verde, sua vida começou a mudar, a menina andava mais sorridente, refletia sobre as questões mundiais sem sofrer tanto com o tanto de tragédias envolvidas. Seus poucos amigos estavam satisfeitos até um certo ponto, porque Susi não gastava mais tanto tempo ouvindo seus desabafos e isso estava se tornando desconfortável, estavam suportando, porém chegou o dia no qual a "possuidora" do Armário Verde se tornou extremamente distante, aqui voltamos ao início da história.
Aconteceu o mais temido, Susi se perdeu em seu mundo e não conseguia voltar ao mundo "real" , o Armário Verde fez com que ela se tornasse prisioneira de seu próprio eu, só se importava agora com as suas questões, seus problemas, suas lastimas, e eventuais alegrias. As coisas passaram a fazer menos sentido e agora tudo que ela quer é encontrar a chave para se libertar do mundo que ela sempre quis conhecer, desvendar e mudar.Ela precisa agora, buscar um equilíbrio, não absorvendo tanto dos outros e não mergulhando tanto em seu próprio ser.
As vezes, não precisamos nos trancar em nós mesmos para nos encontrar, pois tudo que somos é um bocado de outro alguém, e essa frase é baseada num trecho de uma das minhas favoritas da Móveis Coloniais de Acaju, com vocês Pra Manter ou Mudar




2 Comentários

  1. Que lindo texto! Vou te confessar uma coisa: fiquei com preguiça de ler. Li o ultimo paragrafo. Me cativou. Li tudo e adorei. Agora que eu estou me decidindo e me libertando de certas coisas... Sendo eu mesma sabe?
    xoxo, Fani Fontes - Blog: http://goo.gl/FJIMuo

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    1. Hahha que bom que você se rendeu e curtiu, Fani!!!
      O melhor que há é ser vc mesma, sem se preocupar!
      Um abraço!

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