"O aluguel estava atrasado, seus filhos haviam nascido a pouco tempo. Sá e sua esposa não tinham outra moradia a não ser aquela na qual viviam felizes desde o início de suas vidas, porém uns 'poderosos' insistiam em cobrar para permanecerem ali, pois alegavam ser propriedade do estado, e a família nunca tinha contestado isso, pagavam sob muito esforço todos os meses. De uns tempos pra cá as taxas tem aumentado e a situação fica cada vez mais difícil, com filhos para sustentar isso se agrava ainda mais.
Num dia comum Sá saiu para trabalhar e conseguiu juntar o que faltava para quitar a dívida do mês, porém quando chegou no local onde estaria o seu lar e a sua família, nada viu. Ficou pasmo e sem saber o que fazer, para todos os lugares que olhava via apenas concreto, o ar estava estranho e não conseguia enxergar o verde predominante no seu lar suspenso. Depois de algumas horas de desespero, medo e saudade à procura do seu lar com a sua família soube da notícia por um vizinho próximo, então pálido de tristeza seguiu por outros caminhos e tentou por um tempo sobreviver, sem grande sucesso. Depois de alguns dias então, resolveu se isolar pra sempre na montanha mais alta e longe da humanidade desumana."
Na noite passada Maria me contou, comovida, sua experiência ao ver a dor de um pássaro, depois de cortarem a mangueira na qual vários passarinhos costumavam ficar e onde seus filhotes estavam no momento da derrubada.
Dia 04: a música que faz você triste

2 Comentários

  1. O homem só sabe destruir mesmo, não tem respeito pela natureza e nem por seus habitantes, é triste...

    Bjs...

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  2. MARAVILHOSO. Amei o texto. E incrivel como podemos achar que apenas os humanas tem esse tipo de sentimento,quando na verdade nos falta sentimento

    http://epistolasextraviadas.blogspot.com.br/?m=1

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