Mafalda me aconselhou dizendo uma unica palavra.Segundo ela, eu preciso usar esse termo antes que seja tarde, e ainda completou com um monólogo de três minutos, esse é um tempo grande nos míseros dez cedidos pela empresa.
- "Você sabe da necessidade dela em vários aspectos da sua vida. O tempo não para, pelo contrário, ele é todo um movimento de mudanças e você precisa estar incluída nelas, não pode se deixar frear. Quando a estrada é longa, rápidas diminuições de velocidade são aceitas, mas jamais uma freada. Até parece que não fez auto-escola a pouco tempo. É proibido parar de vez numa rodovia sem dar uma sinalização e se direcionar para o acostamento, e a permanência por lá deve ser a menor possível, o acostamento não é um lugar para alguém como você, tendo uma pista tão larga e com uma bela vista a sua inteira disposição.Sei que pareço uma louca aqui falando de carros enquanto deveríamos estar falando diretamente do seu problema, mas não consigo falar de outro jeito, aguenta firme porque acredito que essas minhas sinalizações vão te servir para alguma coisa, caso não sirva apenas ignore-as, mas lembre-se de pelo menos compartilhar com outra pessoa, pois isso há de servir pra alguém. Onde estávamos?
Sim, na estrada. Bem você não pode se deixar levar pela maré, use os remos que possui e transforme-se com cada nova onda. Junte tudo que te deixa na mesma, tudo que não te transforma a cada manhã, tudo que não te ilumina a noite. "
Como contestar? Ela parece me conhecer tão bem, talvez até melhor do que eu. Quando Mafalda terminou de falar não disse uma palavra, comemos nossos sanduíches, que aquela hora já estavam frios, e fomos para nossa sala, ainda havia muito trabalho para aquele tarde. Ao chegar em casa, coloquei uma música para tocar, tomei um banho frio parei na janela olhando todos os prédios que me rodeiam e decidi:
"BASTA!"
Basta!
ResponderExcluirAdorei o texto!
Bj