Susi a muito tempo está confusa, entranha, um tanto por fora de tudo que acontece no mundo. Será por causa do tal armário verde? Ah, desculpem-me, já ia me adiantando sem antes explicar o que é esse armário verde, não é muito complicado de entender, mas é confuso assim como a Susi, espero que consigam fugir um pouco dos seus mundos para entender.
"O armário verde, nada mais é do que um nada existente dentro do tudo que há dentro de cada um, quem  o encontrar deve preenchê-lo de algo mais do que roupas ou livros velhos, nele deve existir o seu mundo, o que te veste, o que te encanta o que te assusta, o que te acolhe o que te reprime, enfim tudo do seu mundo, não se preocupe com a quantidade, tudo cabe no armário verde." 
Essa pequena descrição se encontrava num papel dobrado e preso na porta do armário verde, que Susi encontrou, desde então a coitada não sabe o que faz, até hoje não contou para muitas pessoas sobre ele, na verdade ela só contou para mim e não interessa, agora, a minha identidade, por enquanto pensem apenas em Susi, a menina sem muitas características físicas marcantes e com uma capacidade enorme de esponja, ela absorve muito de todos e acaba se sufocando com isso. 
Com o armário verde, sua vida começou a mudar, a menina andava mais sorridente, refletia sobre as questões mundiais sem sofrer tanto com o tanto de tragédias envolvidas. Seus poucos amigos estavam satisfeitos até um certo ponto, porque Susi não gastava mais tanto tempo ouvindo seus desabafos e isso estava se tornando desconfortável, estavam suportando, porém chegou o dia no qual a "possuidora" do Armário Verde se tornou extremamente distante, aqui voltamos ao início da história.
Aconteceu o mais temido, Susi se perdeu em seu mundo e não conseguia voltar ao mundo "real" , o Armário Verde fez com que ela se tornasse prisioneira de seu próprio eu, só se importava agora com as suas questões, seus problemas, suas lastimas, e eventuais alegrias. As coisas passaram a fazer menos sentido e agora tudo que ela quer é encontrar a chave para se libertar do mundo que ela sempre quis conhecer, desvendar e mudar.Ela precisa agora, buscar um equilíbrio, não absorvendo tanto dos outros e não mergulhando tanto em seu próprio ser.
As vezes, não precisamos nos trancar em nós mesmos para nos encontrar, pois tuso que somos é um bocado de outro alguém, e essa frase é baseada num trecho de uma das minhas favoritas da Móveis Coloniais de Acaju, com vocês Pra Manter ou Mudar ( <---- clique para ouvir a música)

2 Comentários

  1. texto bem descritivo! normalmente este tipo de leitura cansa, o que não foi o caso. Adorei a ideia do armário. Parabéns.

    laysa,
    http://palavrasasas.blogspot.com/

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