-Tenho algo a dizer desculpe-me não ser culto o suficiente para os teus nobres ouvidos vindo de uma camponesa como eu, mas a algum tempo percebo ser vossa alteza um apreciador das artes literárias e anda pelos corredores do castelo a sussurrar versos seus que acabaram de ser compostos e registro nenhum tem feito.
- É uma lástima, são tão belos- continuou a camponesa.
-Por que uma pobre camponesa lhe parou no passeio pelo bosque para lhe falar estas coisas? A explicação é que não sou exatamente daqui, venho de bem distante no tempo num futuro no qual as pessoas precisam destas tuas palavras, porém precisas escrevê-las para serem eternizadas.
Então neste momento o rei sente o vento bater em seus cabelos e balançar os da camponesa e ainda sacudir as flores fazendo com que exalem ainda mais o seu perfume encantador. No momento que a camponesa iria lhe dar o ensinamento do qual falava ele já estava contagiado pelas suas palavras e sentou na grama, os olhos vidrados nela pronto para ouvir. Foi então que ela simplesmente disse:
- Tenha sempre papel e caneta por perto, não se sabe quando algo vai querer sair da sua mente para os seus dedos e daí para o mundo!
Daquele dia em diante no bolso do casaco do rei sempre se encontrava alguns papéis, pena e o pote de tinta para se por acaso algo quisesse sair de sua mente. E foi assim que suas palavras se tornaram eternizadas, porém a eternidade não era lá tão agradável, as pessoas do tempo futuro da camponesa misteriosa não conseguem, na maioria das vezes, interpretar as velhas palavras do rei e há ainda alguns papéis que nunca foram encontrados, talvez quando o encontrem e consigam ler as coisas melhorem neste tempo.

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